Zé Fernandes no Cantinho da Arte do ICAJU
O renomado artista plástico Zé Fernandes inaugura o novo espaço do Cantinho da Arte “Jornalista Cleomar Brandi” com exposição e lançamento de linha exclusiva de relógios personalizados, uma ideia de sua esposa Cintia Maria de Oliveira Alves, pós-graduada em Marketing - um feito inédito em Sergipe e no Brasil. A abertura da exposição e o lançamento acontecem na quinta, 28 de março, às 20h e permanece em cartaz até 02 de maio de 2019. O Cantinho volta à cena em espaço privilegiado no salão do Gonzaga Bar – Iate Clube.
Serviço:
O que: Exposição do artista plástico Zé Fernandes e lançamento de linha exclusiva de relógios
Quando: 28 de março de 2019, às 20h
Onde: Cantinho da Arte “Jornalista Cleomar Brandi” – Iate Clube de Aracaju – Gonzaga Bar – Iate Clube.
Sobre Zé Fernandes:
José Fernandes Alves dos Santos é pintor, professor de artes e produtor cultural. Nascimento: 19 de outubro de 1959, em Lagarto/SE. Em 1961, órfão de pai, mudou-se com a mãe para Aracaju/SE. Entre as peladas e outras brincadeiras de menino, rabiscar papel fez parte de sua infância. Pessoas, plantas, aves e peixes inspiraram os seus primeiros desenhos. Aos nove anos, recorda-se haver feito o seu primeiro quadro: um mendigo cansado com o semblante triste. Satisfeito com o expressivo resultado, então decidiu que seria artista.
Desde os 14 anos de idade, José Fernandes desenvolveu atividades ligadas às artes. Em 1972, já estava produzindo e assinando suas obras. Em 1976, depois de trabalhar por um curto período na Agência Nacional de Notícias, como operador de telex, passou a viver do seu ofício de artista. Nesse mesmo ano, participou de sua primeira exposição coletiva na Galeria de Arte Álvaro Santos, em Aracaju/SE.
Em 1977, participou da Escolar/97, promovida por Pincéis Tigre, em São Paulo/SP. Em 1978, teve brilhante participação no VII Festival de Arte de São Cristóvão/SE; e, nesse mesmo ano, foi auxiliar de restauração do Museu de Arte Sacra, através da Universidade Federal de Sergipe e da Empresa Sergipana de Turismo. No início da década de 80 morou em Brasília. Em 1982, voltou para Aracaju, mas a sua inquietude aliada ao temperamento forte e à personalidade firme, não o permitiu fixar residência na capital sergipana. Rio de Janeiro, São Paulo, Goiânia, Recife e Salvador, entre outros rincões, são endereços alternativos de suas moradas.
Florival Santos, J. Inácio, Jordão de Oliveira e, principalmente, Jenner Augusto são os artistas que mais o influenciaram. Admirador de vários deles, destaca como de sua preferência pessoal Picasso e o pintor goiano Siron Franco, este, segundo ele "possuidor de imaginário e linguagem fantásticos".
As obras de José Fernandes estão presentes em várias coleções particulares, entre elas a da Presidente Dilma Rousseff, Caetano Veloso, Arlete Sales, Cauby Peixoto, Ângela Maria, Tom Cavalcanti, Giliard, Wando e Joana, bem como em museus, a exemplo do MAM, em São Paulo/SP e do MAB, em Brasília/DF. No exterior estão, entre outros países, na Alemanha, no Japão e nos Estados Unidos.
Em 1979, depois de haver realizado a sua primeira exposição individual, na Galeria de Arte Álvaro Santos, em Aracaju/SE, José Fernandes vem participando de inúmeras exposições em várias cidades brasileiras, como em Aracaju/SE, em Salvador/BA, em Brasília/DF; no Rio de Janeiro/RJ; em São Paulo/SP e, em Porto Alegre/RS, esta, em 1991, na Galeria Tina Zapolli, com outros 22 artistas do Brasil, da Argentina e do Uruguai, ocasião em que o jornal Zero Hora de Porto Alegre ressaltou que "A brasilidade, o lado onírico na pintura, aparece no trabalho do sergipano José Fernandes."
Laureado artista, em 1978 recebeu a Medalha de Prata, no Salão Atalaia, em Aracaju/SE e o Prêmio Medalha de Bronze, no Salão Norcon de Artes Plásticas, com a pintura "Mocidade Perdida", uma de suas prediletas. Em 1980, foi premiado com a Medalha de Bronze, pela participação no Salão Atalaia, em Aracaju/SE. Em 1981, fundou o Arte Belle, em Brasília/DF, participou do 70º. Salão da Fundação Cultural do Distrito Federal e do XX Salão de Artes Plásticas da Aeronáutica, no Centro de Convenções de Brasília/DF, no qual foi agraciado com o Prêmio de Aquisição, na categoria pintura a óleo.
Idealizou, em 1982, com Anselmo Rodrigues e Marinho Neto, o Movimento das Artes, que alavancou o mercado de arte de Sergipe, em Aracaju/SE. Em 1983, foi selecionado para representar Sergipe no Circuito Nordeste de Artes Plásticas. Em 1987, lançou álbum de xilogravuras. Em 1988, é homenageado pela Rede de Televisão Aperipê, de Aracaju/SE, com o documentário "Memória José Fernandes"'.
No exterior, em 1990, participou de exposição coletiva na Dodge House Gallery, em Rhode Island, Estados Unidos da América. Em 1991, venceu o concurso de cartazes das Universidades Brasileiras e fundou a Associação dos Artistas de Sergipe, de onde foi eleito Tesoureiro e depois Presidente. Em 1993, foi premiado no Salão Bradesco, em Aracaju/SE. Em 1995, foi nomeado diretor da Galeria de Arte Álvaro Santos.
Em 2000, idealizou e participou da coordenação do I Encontro Cultural e Esportivo do Conjunto Inácio Barbosa, no bairro Inácio Barbosa, em Aracaju/SE. Participou do catálogo "Rumos, Artes Plásticas Sergipe 2000", patrocinado pelo Banco do Estado de Sergipe. Em 2011, participou do projeto Caju na Rua e, em 2003, idealizou o projeto Aracaju de Tototó.
Em 2013, foi tema do kit: "Traços de personalidade e cores de sergipanidade", da Gráfica e Editora J. Andrade. Quatro de suas obras, em 2013, foram reproduzidas em 12.000 latinhas colecionáveis, como brinde da promoção do Dia das Mães do Shopping Jardins, em Aracaju/SE.
Em 2018, realizou a exposiçaõ na galeria "M Depósito de Arte", com tema "Sergipanidade".
A iconografia de José Fernandes, formada por quadros, murais e painéis, conjuga o real com onírico. Possuidor de estilo próprio, não segue escolas ou regras estéticas. Sua arte dispensa assinatura, pois o seu traço marcante e a sua inconfundível pincelada o denunciam ao primeiro olhar do observador. Sua obra figurativa é fulcrada em temas regionais e norteada por corpos e rostos femininos; feiras e mercados; pescadores e outros personagens do cotidiano; cavalos, peixes, galos e, sobretudo, pombas, uma de suas marcas e que o deixou conhecido como o artista das pombas. Para ele, a ave é "o símbolo universal da paz, do amor, da harmonia e da fraternidade".